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Ministério Público vai fiscalizar fazendas no Sertão

15/10/2010 às 11:10

O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) vai entrar em casas de massagem, fazendas e bordéis das cidades de Patos e Pombal, no Interior da Paraíba, para investigar denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes. De acordo com o procurador do trabalho, Eduardo Varandas, a Polícia Rodoviária Federal na Paraíba (PRF-PB) também vai integrar a prática criminosa, verificando pontos de exploração das rodovias federais.

O procurador explicou que os pontos de investigação não serão divulgados para não atrapalhar a punição dos envolvidos. “Recebemos denúncias de exploração sexual nessas cidades e temos que averiguar. É um tipo de crime que ocorre por trás das cortinas e a gente sabe que ocorre. Vamos atuar junto com a Polícia Civil nesses pontos”, esclareceu Eduardo Varandas.

Segundo ele, a investigação é inédita no âmbito do MPT e o trabalho de planejamento da ação ocorre há um ano. A ideia, segundo Varandas, é que o combate ocorra em todo o Estado. “Os dados sobre esse crime são incertos. Não podemos esperar números para investigar. Vamos aonde apontam as denúncias”, afirmou o procurador.

Varandas revelou que também está investigando o esquema de exploração sexual de travestis que eram levados de Araçagi para o Exterior. “Esse caso já foi denunciado pelo MPF e vamos questionar na Justiça do Trabalho. Araçagi surgiu como exportador de travesti do dia para a noite. Tenho certeza que haverá investigação também para verificar quem se beneficiou com esse trabalho”, garantiu.

Medalha

O procurador do trabalho Eduardo Varandas recebe, hoje à tarde, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a medalha da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho Epitácio Pessoa. A comenda é entregue a 30 personalidades que se destacaram no Poder Judiciário e faz parte das comemorações dos 25 anos da Justiça do Trabalho na Paraíba.

“Acredito que recebo a medalha como reconhecimento do meu trabalho como um todo nos meus 11 anos atuando na Justiça do Trabalho. Já me envolvi em casos delicados e, mesmo assim, nunca houve mácula à minha atuação. O mais importante disso tudo é que é um estímulo para continuar um trabalho que é tão difícil. É o que faz acreditar que estou no caminho certo”, afirmou.

O trabalho contra a exploração sexual é um dos destaques do trabalho do procurador Eduardo Varandas. Ele acredita que isso também contribuiu para o reconhecimento. “Lutamos há três anos contra a exploração sexual porque acredito que é um crime hediondo. Esta causa é a pupila dos meus olhos. O trabalho começou comigo e hoje existe um projeto para que isso se torne uma meta nacional”, revelou o procurador.

 

Fonte: Álisson Arruda - Patosonline

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