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Maria da Carroça fala sobre liberdade, trabalho e do período que passou no Presídio Feminino em Patos

20/08/2019 às 08:08

A senhora Maria de Fátima Gomes, de 50 anos, mais conhecida por Maria da Carroça, passou dois anos e cinco meses presa no Presídio Feminino, em Patos. Ela foi acusada de tráfico de drogas e o fato mudou a vida da mulher que sempre foi símbolo de trabalho, força e luta para sustentar a família que reside no Bairro Dona Milindra, em Patos.

Maria da Carroça está de volta ao trabalho com sua carroça pelas ruas de Patos. Ela agora usa tornozeleira eletrônica até que se cumpra todo o período da pena imposta pelo poder judiciário. A carroceira tem mais de 20 anos que trabalha da mesma forma ao lado do seu burro e com a carroça que teve que passar por reforma devido ao período parada.

Na manhã desta segunda-feira, dia 19, Maria da Carroça concedeu entrevista enquanto realizava serviços de transporte. Maria falou do período que passou privada da liberdade, como fez para suportar o dia a dia presa, o que ficou como aprendizado e a vida que agora segue sendo reconstruída.

“Quando eu cheguei lá (presídio) eu comecei a trabalhar nos serviços gerais, fazia bolas, depois passei a trabalhar na cozinha e depois passei a ser chefe de cozinha até o dia de sair...se eu ficasse sem trabalhar tinha endoidecido”, relatou Maria da Carroça. Ela comentou que a família ficou de “cabeça para baixo”.

Maria relatou que teve que se desfazer da mota da filha para pagar advogado e ainda está devendo e que um dia espera pagar. “...eu destruí não só com minha, como destruí a vida de minha filha, porque ela foi comigo...vou começar do zero e se Deus quiser vai dar certo”, finalizou voltando ao trabalho ao lado da carroça.

 

 

Jozivan Antero – Patosonline.com

 

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