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Músicos prestam homenagem ao músico Radegundis

29/07/2010 às 01:07

O crematório Caminho da Paz, em Cabedelo, ficou repleto nessa sexta-feira (2) de amigos e familiares que acompanharam o velório do músico Radegundis Feitosa, morto na última quinta-feira (1) em um acidente de carro. A comoção era visível no rosto de todos os presentes, que expressavam um sentimento de “perda irreparável” ao lembrar do trombonista, como definiu o compositor e maestro Eli-Eri Moura.

“Foi uma perda irreparável, não só por ele ser um grande trombonista – certamente um dos maiores do mundo – , mas porque ele era daquelas pessoas que iluminam”, frisou o maestro, que conhecia Radegundis desde os tempos de aluno da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 1981, onde cursaram a graduação em música.

“Ele era como um pai para todos nós. Nunca vamos esquecer a bela risada e nem as palavras de ânimo e incentivo que ele nos passava”, contou Johnson Charles, aluno do músico na classe de trompete, na UFPB.

Radegundis também atuava na universidade como chefe do Departamento de Música e era querido por todos os colegas.

“Como profissional, perdemos um dos melhores que a UFPB tinha. Ele não era só um bom músico, mas também um ótimo professor, conseguindo juntar a técnica com a prática. Como amigo, estou perdendo as pessoas mais alegres que eu já conheci”, lamentou Maria Aparecida Meneses, diretora do Centro de Ciência Humanas Letras e Artes. “Eu costumo dizer quem tem vida que vale a pena; a dele, era uma dessas”, completou.

A admiração que toda a comunidade acadêmica tem por Radegundis também foi demonstrada na apresentação musical feita em homenagem ao trombonista.
Emocionados e por vezes em lágrimas, músicos da UFPB tocaram seus instrumentos em lembrança de Radegundis. Para o chede do Departamento de Educação Musical da instituição, Antônio Carlos, “olhando para o céu, veremos uma alegria imensa nas estrelas que resulta do contágio imediato da estridente risada de Radegundis adentrando o reino celeste. Aqui, na terra, uma tristeza imensa pelo amigo que se foi”.

O corpo do músico foi cremado ainda na noite dessa sexta-feira, no mesmo local onde ocorreu o velório.

Tragédia

Radegundis morreu quando seguia para uma apresentação em Itaporanga, no Sertão, acompanhado de mais três músicos - Roberto Ângelo Sabino, de 41 anos; Adenilton Soares França, de 28, e Luís Benedito, de 69 - que também faleceram no acidente.

O reitor da UFPB, professor Rômulo Soares Polari, decretou luto oficial por três dias, a partir do dia 2 de julho, em decorrência do falecimento do professor.
 
Identificação errada

O corpo do músico Roberto Ângelo, teria sido erroneamente identificado no Departamento Médico Legal (DML) de Patos, nessa sexta-feira (2). Segundo uma prima da vítima, Ilgoana Ângelo Serafim, um primo do músico resolveu fazer a verificação e constatou não se tratar de Roberto, mas de Luiz Benedito, também falecido no acidente.

Funcionários do DML de Patos informaram que os corpos de Roberto e Adenilton foram transferidos para o Gemol, em João Pessoa, e chegaram a capital às 23h da última quinta-feira. Já o corpo de Luis Benedito permanece no DML de Patos.

 

Jornal da Paraíba

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